28 de março de 2024

25 thoughts on “Por que o discurso do rótulo também nos aprisiona

  1. Esse conflito é constante no meu dia a dia.
    Me encaixo exatamente no caso do homem, que sente atração por mulheres (minha esposa) e homens, sou casado com uma mulher que me compreende, mas que não imagina o sentimento de retração que preciso ter por conta de me vigiar perante as pessoas de convivio.
    Acredito que o tempo deva colocar tudo no plano apenas historico, e que em algum dia, todos encarem naturalmente um relacionamento ou transar entre todos.
    Beijo.

  2. Deu nó na minha cabeça agora.
    Me considero Bissexual, já tinha escutado o termo pansexual, mas nunca me designei assim. Sendo que tanto homens, mulheres, transgêneros me atraem, mas acho bobagem pensar em termos “pan”, afinal, uma mulher transgênero (operada ou não), é uma mulher.
    E realmente rótulos acabam sendo besteiras, como minha namorada me diz, que pouco importa se eu gosto de homens ou mulheres, sentindo atração e amando ela é o que importa.

    Talvez este seja o caminho, nos importarmos menos com rótulos e vivermos a vida como ela é, porém o ser humano tem uma necessidade intrínseca de se auto-rotular, seja no campo político(esquerda, direita, liberal, progressista, centro), seja no esporte com seus diversos times, seja em estilo de ser (rapper, rocker), há uma necessidade de viver em tribo e “saber” o que você é.

    1. Eu diria Henrique que meio que há uma necessidade de fazer da sexualidade uma matemática, ou seja, como que o chamado “mulherengo” poderia ter transado com um colega ou amigo?. Teve uma ocasião que num supermercado desceu do carro um casal, no estacionamento deram aquele beijo na boca e foram juntinhos fazerem as compras! Detalhe: que eu e ele já tínhamos ido a motel, numa noite “caliente”: somos sexualmente resolvidos e no nosso próximo encontro, nem mencionei te-lo visto com a esposa e nunca ele tentou rotular nossos encontros como “brotheragem” ou que se manteria hetero!

  3. Não tenho embasamento teórico para fazer um comentario fundamentado em pesquisas, mas acredito q no comportamento humano a classificação das coisas, sejam elas o q forem, traz conforto e é importante para compreender o mundo. É importante conhecer os elementos quimicos para entender o comportamento das substâncias e materiais, e para isso foi precisão classificar, rotular cada elemento. É um exemplo distante, mas o q eu quero dizer é que o ser humano busca um padrão em tudo desde os primórdios de sua existência, ate mesmo por questões de sobrevivência.
    Então, acredito que o conflito de grupos deva continuar existindo enquanto o ser humano continuar os criando. E isso implica em outros problemas causados pela sempre existência de algo fora do padrão.
    Se não houver conflitos em relação ao gênero, sexualidade etc, existirão outros, infelizmente.

  4. Walt Wiltman escreveu poesias sobre a exaltação da mulher e do homem… somos todos admiráveis… quando acolhemos e deixamos ser acolhidos…o encantamento esta em quem olha e assim encontros são possíveis porem traz dores por apegarmos tipo posse… queremos fidelidade… segurança é seu nome. Ai o tempo passa vem a rotina o tédio…e ficamos menos interessantes. como nus vemos ?

    Ó Hímen! Ó Himeneu !

    Ò Hímen! Ó Himeneu !
    Por que, me atormenta assim?
    Por que, me provoca só
    durante um breve momento?
    Por que é que não continua?
    Por que, perde logo a força?
    Será porque, se durasse
    além do breve momento,
    logo me mataria
    com certeza?

    Walt Whitman

    poeta, jornalista e ensaista

    ( -31/05/1819 +26/03/1892)
    Huntington – Estados Unidos da América

  5. Não gosto de me rotular, não consigo.Meus desejos variam muito. Já me peguei pensando em ter relação sexual com homens até, acho que isso é artimanha chata de pessoas que se acham intelectualmente superiores e querem controlar a nossa vida. Foram pessoas LGBT que definiram os rótulos ou não? Porque não sei se uma pessoa LGBT, de caráter, faria isso

    1. Danilo, interessante reflexão. Mas acho que o problema não são os rótulos, mas a necessidade deles.

      Se não existisse a norma heterossexual, talvez eles não seriam necessários.

      E ao mesmo tempo, como digo no texto, eles podem acabar nos aprisionando e nos colocando na “caixinha” do julgamento. Ora, se você se diz um homossexual, por que está interessado em uma mulher?

      Às vezes nos surpreendemos com os nossos sentimentos e desejos. Então, como ficam as definições? São instáveis, portanto? Um cara gay que se interessou um dia por uma mulher e depois voltou a se relacionar com homens é um homossexual que teve apenas uma curiosidade pontual ou é bissexual?

      Está tudo no discurso construído por nós e pela sociedade. E todo discurso pode ser desconstruído a qualquer momento.

      O mais interessante é observarmos que o ser humano é muito mais complexo – e completo – do que as definições atribuídas a ele.

      1. Acho que deveríamos pensar no seguinte: quem disse que deveríamos nos rotular? Quem ditou essas regras? Porquê? Pra que? Que importância essas classificações tem? Essa pessoa que a criou, que relevância ela tem pra ter criado algo que influencia tantas vidas? Porque definir as pessoas? Será que já é algo ultrapassado essas classificações? A sociedade hoje já não é a mesma de antes e as coisas já não deveriam ter mudado? Essas classificações terem caído por terra?

  6. Eu já fui pega com essa pergunta…

    Um amigo que há tempos eu não falava, ele é homossexual e nós estavamos marcando um encontro entre nossa turma do passado, falando de todos que se assumiram e tal… eu disse que era bissexual assumida e ele me veio com a frase:
    _como assim bi assumida casada com um homem á nove anos?
    Na hora me veio aquela vontade de falar.. ooo bixa desinformada.. mas me contive e disse apenas que ser casada com um homem ou mesmo que eu fosse freira.. nao mudaria o meu sentimento pelas mulheres…
    Mas esse post realmente deve ser debatido…quando eu era solteira ainda adolescente já pensei em relacionar-me com uma trans muito bonita q eu conheci.. mas enfim…não achei q precisasse mudar o título de bissexual porque ainda me falta entedimento para achar q o binarismo não existe…. rsrsrs

    1. Complicado, né, Thaisa? Um homossexual ainda não tem o entendimento sobre o que é ser bissexual.

      E o que você diz é importante. Nós bissexuais não excluímos a possibilidade se nos relacionarmos com um trans ou hermafrodita. Mas conceitualmente nos colocam na caixa do binarismo.

  7. Não tenho problemas algum com rótulos, talvez por ser mais velho (já passei dos 50) e nunca senti nenhum desejo ou atração por mulheres.Apenas acho, que se um homem se diz homo, mas sente tesao, ou se apaixona por uma mulher, ele não é homo, é bissexual.Percebo que muita gente tem dificuldade em se assumir bissexual.Estranho isso, como se fosse errado! Há varias pessoas que são bi, mas dizem ser hetero, e outras varias que são bi mas dizem ser gays.Na verdade são bissexuais que “gostam ” mais de um gênero do que de outro, e acham que não são bissexuais.Mas penso assim: Nada disso importa nem um pouco.O principal é a pessoa ser feliz, se é hetero, bi, pan, homo, sem rotulo, fluido etc etc, não importa! Pra que deixar de viver com serenidade e felicidade preso a essas bobagens?

  8. Olá amig@s!

    Sem dúvida, a questão do rótulo é algo mais discriminador que classificatório. É realmente como a Amanda colocou. Ou seja, gerar mais e mais questionamentos preconceituosos e em sua grande maioria absurdos, ligados a um padrão heteronormativo que não é outra coisa senão um outro rótulo criado dentro não de um, mas de vários discursos que tentam legitimar, dentro de padrões pré estabelecidos, e nisso a cultura, não só política e das tradições, mas principalmente religiosa de séculos, possuí um peso bastante significativo na sedimentação dessas “verdades”. Ao qual irão nos perpassar desde a infância até a vida adulta, ditando o que devemos ser e não ser. Infelizmente, a escola teve um papel bastante ativo nesse ponto (falo da minha, nos anos 1970/80, seguidora dos padrões bíblicos e ainda dos militares, que deixaram sua marca, em uma ditadura que durou 20 anos e infelizmente, ainda encontra-se viva na mente de muitas pessoas, até mesmo jovens, como algo positivo e que deveria voltar.), gerando preconceitos, segregação dentro do próprio ambiente educativo e humilhações aos chamados de “diferentes”. Felizmente, hoje em dia, as coisas parecem estar mudando, porém, com uma resistência espantosa. Vide as bancadas políticas evangélicas espalhadas nos parlamentos do Brasil inteiro (não é nenhum preconceito meu com relação às pessoas que seguem qualquer crença religiosa! Falo tão somente do aspecto doentio e da interpretação ao pé da letra de textos anacrônicos. Fato esse colocados pelos próprios teólogos). Um outro ponto, são os rótulos preconceituosos criados pelos próprios movimentos lgbt’s, principalmente com relação aos bissexuais. Inclusive falo por mim, que já sofri preconceitos de alguns participantes desse mesmo blog, por colocar meus sentimentos e minha visão, quanto minha própria bissexualidade. Mais detidamente, quando coloquei que mesmo após ter passado dos quarenta anos, não consigo ter por homens o mesmo sentimento que tenho por mulheres. Pois sinto-me mais atraído pelo gênero feminino, inclusive tendo a capacidade de me apaixonar e até mesmo sofrer por algumas paixões não correspondidas. Coisa que não acontece com homens, ao qual sinto apenas, e de forma sazonal, tesão, e algumas vezes de forma até fragmentada, por algumas partes do corpo masculino. Acreditem ou não, já fui até chamado aqui no blog de “o pior tipo de bissexual que existe”. Mas tudo bem rsrsrs… pra mim toda a crítica é válida e me faz refletir e continuar trocando conhecimentos com vocês. Mas finalizando, realmente os chamados rótulos, no que tange a orientação sexual, criam verdadeiras prisões em nossa mente. E tais prisões, nos impedem de ter experiências não digo só no âmbito da sexualidade física, mas principalmente experiências humanas, de amizade, afeto, carinho, troca e auto conhecimento. Felizmente, falo por mim, encontrei o blog e vocês tod@s, que me ajudam e enriquecem cada vez mais meus conhecimentos e minhas vivências, que não são só minhas, mas nossas.

    Beijos nos corações de tod@s!!!

  9. Eduardo, de minha parte apenas fiquei estarrecido ao constatar que mesmo você sendo um bissexual ( com preferencia bem mais acentuada por mulheres do que por homens, mas ainda assim bissexual) o quanto você é gayfobico! Com comentários típicos de pessoas heterossexuais gayfobicas.E eu, apesar de minha idade, pensei ingenuamente que pessoas não heterossexuais não tivessem tal mentalidade.

  10. E da minha parte Tarcisio, creio que você tenha algum problema de autoaceitação, relacionado à sua própria orientação sexual. Pois do contrário, não teria preconceito com relação a bissexuais (bifobia), como demonstra claramente em suas postagens (não esqueça do B da sigla LGBT! Também faço parte desse conjunto, assim como você Tarcisio, embora você siga apenas um caminho e eu tenho dois à minha frente). Além do fato de ver discriminação onde não existe. Ou então quem sabe você não está tendo compreensão do que escrevo nas postagens de discussão do blog. Bom, de qualquer modo, é bom quando recebemos críticas, sejam elas com algum fundamento ou somente para provocar, pois sempre nos acrescenta algo em nossa rede de conhecimentos. Se bem que, vamos ser sinceros, todos temos nossos preconceitos. Uns de mais, outros de menos e alguns teimam em confundir as coisas, pois adoram viver em uma eterna “síndrome do coitadinho injustiçado”.

    Abração querido!

  11. Bom,
    Discussão interessante, varios pontos de vista, até Walt Whitman, e apesar de alguns dialogos mais acalorados, ainda assim enriquecedor.
    Amanda, a antropologia, a sociologia e um monte de gente ainda estão a explicar essas questões de cultura, grupo, rótulos…acho que nao teremos respostas tão cedo às suas perguntas.
    Mas eu nao gosto de rótulos. A vivencia aqui no blog me faz observar na prática que “cada indivíduo é unico”. E é essa a beleza da coisa toda. Cada um é unico…e eu procuro olhar cada um de vcs como experiencias unicas, ricas. Eu ja fui multiplicidade: fui lesbica, virei bissexual, e agora sou totalmente lesbica. Impossivel, dirão alguns. Quem disse? Vc veste minha pele pra saber se é verdade ou nao? Eu sei o que eu sinto. E o que os outros acham não altera a forma como sinto. Respeito tb a forma com que cada um aqui sente atraçao, a forma como exerce sua orientação. Uma multiplicidade de formas e desejos. Lindeza isso. Só importam mesmo o respeito, a aceitação das diferenças, a convivencia.
    A partir do meu caso vi que na verdade as pessoas podem ser mais ou menos fluidas, nao existem graus estanques, caixinhas, classificacoes, como a Bruna falou. Ninguem tem que sofrer se sentiu atracao por A ou B quando nao era o esperado. Sentiu atração e ponto. Curta a atração, curta a novidade!
    Cara, a vida é muito curta pra nos preocuparmos com rótulos e para reprimirmos nossos desejos (desde que a liberaçao desse desejo seja de forma não nociva a outros, claro).
    Amandinha, vc é casada com uma mulher? O que isso te faz ser? Bi em fase les? Nahhhh…te faz ser uma pessoa de sorte, feliz, que foi a luta pra realizar teu desejo, teu sonho, e conseguiu um amor na tua vida.
    Beijos, pessoal. Desculpe se foi meio embromation. Nao estou muito inspirada hoje. Mas de certa forma estou contente por voltar aqui, depois de um tempinho fora em que me vi as voltas com muito trabalho. Desculpem qualquer coisa.
    Abraços fraternos, carinhosos.

  12. O discurso do rótulo alem de aprisionar, oprime!
    Embora em grande parte do planeta tenham havido avanços significativos e respeito pelos direitos LGBT, sinto que ainda há uma vontade e necessidade de alguns de se posicionar de forma muitas vezes de maneira radical, “cobrando” posicionamentos.Explico melhor.
    Sou lésbica, de modos e trejeitos muito femininos e não foram raras as vezes em que me disseram coisas do tipo:- Nossa…voce nem parece lésbica!
    No próprio mundo LGBT, há muito preconceito contra bissexuais, chamando-os de indefinidos e até com a grosseria de rotula-los de não ter personalidade. Para muita gente ser bi para um homem é questão de ser “viado” enrustido ou para uma mulher é ser uma lésbica que não teve coragem de assumir.
    Vale ressaltar que por mais incrivel que pareça, há uma aceitação e entendimento muito maior por parte dos homens em relação a uma mulher bissexual, que para as mulheres em relação a um homem bi.
    Tenho um grande amigo bissexual que tem muita vontade de ter relacionamento estavel (casar….!), com uma mulher, mas que quando se revela bissexual, mesmo para aquelas que se dizem “moderninhas”, há a desconfiança e o descrédito de que ele possa se estabelecer emocionalmente e afetivamente com uma mulher. Ele relata que mesmo entre aquelas que se declaram bissexuais e que teóricamente teriam uma compreensão mais ampla, ele já foi questionado e foi posta em dúvida a sua bissexualidade.
    O mundo parece ter necessidade de rótulos e as pessoas em muitas vezes parecem querer fazer parte de “grupos fechados herméticamente” e tudo o que não se enquadrar é tratado como exótico, “doente” ou viciado.
    Temos muito a evoluir e só quando houver uma compreensão da dor e do amor de cada um seremos mais felizes e completos.

    1. Mariana, é exatamente assim que acontece. Eu sou bi, sempre fui. Não assumida. É impressionante como as pessoas se limitam. Eu canso de ouvir, “nossa ele é gatinho mais é bi! Quando eu falo, e daí? Pra mim não faz a menor diferença.” A maioria fica meio escandalizada…Eu não fico preocupada em saber o que sou. Eu sou eu. Gosto de gente! Se sinto atração por alguém, eu sinto e pronto. Simples assim.

  13. Belas palavaras Nanda, bravo! Mariana, o que você relatou é a mais pura verdade, e o pior são pessoas não heterossexuais ficarem com esses preconceitos, e também com esse egoísmo: eu posso, mas você não pode!
    Eduardo, não fui bifobico, porque simplesmente não sou bifobico, você deve estar confundindo meus comentários com os de outra pessoa.Alias, você mesmo parece não aceitar a bissexualidade em homens.

  14. Olá a tod@s!

    Na minha opinião acho que, a sociedade em que vivemos actualmente e numa escala global, continua a desperdiçar muito tempo ao debater a questão dos rótulos, principalmente, no que se refere ao conceito da sexualidade entre géneros, complicando cada vez mais o nosso entendimento sobre o mesmo, quando no fundo, é tão simples de compreender. Isto porquê?

    Ao reflectirmos um pouco sobre isto, vamos chegar à conclusão que, tudo ou quase tudo na vida precisa de ter um rótulo para podermos identificar seja o que for, certo? Apenas temos de passar a vê-lo com outros olhos. É tão simples quanto isto.

    Particularmente acho que, em vez de andarmos a perder o nosso tempo (que hoje em dia é cada vez mais precioso) à volta de tudo isto, porque não, tirarmos definitivamente o melhor aproveitamento possível sobre o benefício desta questão e partilharmos a ideia pelo mundo para o bem?

    A meu ver, os rótulos para mim são necessários apenas, para nos facilitar a vida na identificação de objectos e/ou na designação de espaços e nada mais do que isso. Pois faria muito mais sentido ao perpetuar e vê-los desta forma no futuro, em vez de continuar a atribuir rótulos a pessoas e géneros. Pensem nisto.

  15. Passo por um momento muito conturbado com minha namorada. Vivemos em contante conflito. Não estou mais disposta a continuar dessa forma. Foram muitas as vezes que terminamos e voltamos, só que a cada dia me sinto mais saturada. Quero um conselho. Desejo terminar, porque além de brigarmos todos os dias, minha vida está prestes a mudar radicalmente. Tenho um namorado e estamos com planos. Ja estamos executando. Estou perdida. Ela é solteira e lesbica assumida (menos eu) e nao entende que eu tenho que lidar tanto com ele quanto com ela da melhor forma que eu conseguir. Amo os dois. E pelo fato de namorá-la virtualmente, ela entao sente insegurança. Nao consigo estar com ele e com ela. Fico muito confusa e as brigas me afastam sentimentalmente dela. Me ajudem! Quero que ela encontre alguém e seja feliz, mas não sei como fazer para terminar. Meu desejo é que ela comece a se permitir e encontre uma pessoa. Nunca vamos dar certo. Não estamos nos entendendo. Viajarei em dezembro com meu namorado e ele planeja comprar uma casa. Estou muito confusa. Ela me cobra as coisas e ele pensa tem em mente tantas coisas pra realizar comigo. Me socorrem! O que eu faço? Digo para ela encontrar uma pessoa e se relacionar, a fim de me esquecer? Nao quero fazer mal à ela, só que eu estou empurrando com a barriga e ja estou esgotada. Precisava desabafar. Conheci o blog a três dias e achei interessante. Queria ajuda.

  16. Rótulo é sempre uma questão delicada! Como socióloga, penso que rotular pode ser visto como um fator de organização, no entanto nao posso esquecer que rotular também nos põe dento de caixinhas como coisas, o que não somos. Por um lado não queremos rótulos, mas as vzs é preciso. Eu estranho o fato de ser tratada com desconfiança pelas pessoas que não entendem o fato de eu poder sentir atração por homens e mulheres, e qnd digo pessoas, incluo homoafetivos também. Assim, acabo ficando desconfortável em qualquer das situações. Defitivamente estamos fadados ao rótulo, ao preconceito e a intolerância. Abraços ternos!

    1. O mundo se rotula para se alto se mascarar! Me sinto bem mais feliz depois que assumi a minha bissexualidade para o meu esposo. Como qualquer outra pessoa, tive que correr grandes riscos, pois ele poderia aceitar ou não. Mas ainda convivo com rotulo, não tive coragem o suficiente a dizer a todos que gosto de homens e mulheres! Pensa como é difícil, vc dizer algo a sociedade e ser julgado. Mais quem está ainda em transe de saber ou não o que quer, uma sugestão experimenta, se gostar segue em frente se não vc tirou uma duvida.

      VIva a liberdade das pessoas

      mais abraços e mais beijos é o que desejo a todos

  17. Talvez eu tenha sabido melhor focar a Sexualidade e numa época que nem tínhamos site para troca de ideias! Geralmente, os homens tenham maior tabu e necessidade de “rodear” a heteronormatividade! Nunca me importei se a iniciativa de namoro ou relação fluida tenha vindo de um amigo, colega ou mesmo namorado! Agora sempre fui resiliente como funcionário na busca de conquistar meu espaço na carreira profissional, mesmo quando numa reunião um colega sentou perto de mim, apresentou suas ideias e acabou por me “acender”, inclusive o porte físico dele era de despertar paqueras veladas. Reunião acabou, ele foi ficando por último até que a sós me disse vamos sair e acabamos em motel. Na “entrada” riu e disse já estavas “acolhedor” e esperasse o convite! Mas disse, sem problemas, que houve sintonia dele comigo e, depois ao final da transa, que voltaria a me convidar outras vezes! Em nenhum momento, independente, de ter desejado ser penetrado por ele e ele ter deixado de ter ficado com mulher, ensejou rotulacoes; pelo contrário, tiveram replays em outros dias!

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