Por Fernanda, leitora do BlogSouBi
Na minha adolescência, eu não me encaixava nesse mundo de namoros, ficadas e sexo sem compromisso. Sempre que eu saía para baladas com minhas amigas, o único objetivo era dançar.
Morava com meu pai e tinha total liberdade para fazer o que quisesse, o que me levou depois a engatar três namoros. Um deles se tornou meu esposo. Casamos depois de nove meses de namoro. E com nove meses de casados engravidei. Quando meu primeiro filho completou três meses, descobri que estava esperando outro menino. Foi tudo planejado.
O pai dos meus filhos é um ser único, repleto de luz, bondade e amor. Foi um companheiro fiel, se tornou cúmplice das minhas loucuras, cuidou muito de mim. E é o meu melhor amigo.
Após seis anos de casamento, percebemos que o amor havia acabado. Notei a crise do nosso casamento em uma viagem. Tentei alertá-lo, lutei. Por conta de um problema de saúde, precisei me afastar do trabalho e aguardar uma intervenção cirúrgica em casa.
Nesse período fiquei bem triste, ficava muito tempo sozinha, não tinha mais ânimo para nada. Não fazia mais as coisa que me davam prazer. Aquela mulher feliz, que alegrava a todos, foi morrendo. E foi dando lugar para uma mulher frustrada e sem vida.
Um novo mundo
Enfim, acabei me rendendo a esse mundo cibernético. Todo dia pela tarde, depois que cuidava das crianças, e acabava minhas tarefas domésticas, corria para a internet.
Nessa época estava passando um reality show bem polêmico, por haver um casal lésbico. Eram tantas as notícias que giravam em torno desse casal, que comecei a acompanhar só para vê-las.
Quando me dei conta, estava vendo vários vídeos na internet, todos de casais de lésbicas. Comecei a ler, e cada vez mais, me alimentava desse universo homossexual.
Infeliz com o meu casamento, resolvi dar ouvidos aos meus pensamentos. O que mais me atormentava era o fato de me identificar com algumas histórias homossexuais. Comecei a buscar minhas memorias mais profundas. Recordei a minha infância, quando sem maldade, dei meu primeiro beijo em uma menina. Lembrei da minha adolescência, dos desejos que sentia por corpos femininos, do amasso que minha prima um dia me deu e eu gostei bastante.
Lembrei dos flertes que tive, todos com meninas. Ali caiu minha ficha, me senti diferente, envergonhada, passei dias me auto-julgando, falando para mim mesma que eu iria para o inferno. Recordei das várias vezes que tinha orado e rogado a Deus para me libertar daqueles desejos.
Logo após ter me casado, voltei para Igreja. Comecei a me crucificar todos os dias. Depois de muito tempo me punindo, chegou uma hora que havia cansado de sofrer, de me reprimir e ignorar meus sentimentos. Eu guardava aqueles desejos no lugar mais profundo e obscuro do meu ser. Eles até adormeceram por um tempo, mas só por um tempo.
Então decidi entender tudo o que se passava na minha cabeça. Entrei mais uma vez na internet para fazer pesquisas e encontrei o BlogSouBi. Comecei a ler e me identifiquei com várias hist[orias e comentários. Fiquei pasma com a quantidade de pessoas que passavam por aquilo que eu estava passando.
Em um primeiro momento, não me senti atraída pelo chat do blog. Mas depois comecei a observar o que falavam na sala pública e, sempre que alguém me chamava no privado, logo eu fechava a janela. Até que um dia me deixei levar e comecei a conversar com uma mulher. No outro dia com outra e com outra, mas os papos eram vazios, sem conteúdo.
Decidi insistir e em uma dessas madrugadas, uma mulher iniciou um papo. Inicialmente, sem muita novidade. Percebi logo de cara que ela era tímida e comecei a brincar com ela. O que me prendeu nos primeiros minutos, sem dúvida, foi a bela escrita dela. Ela pediu para ser chamada de Kah. Contei que tinha 32 anos e ela me disse que tinha 27.
E foi o máximo de informação que consegui. Kah não queria falar nada a respeito dela. Mesmo assim o papo rendeu a madrugada toda. Era 8 de fevereiro de 2015. Quando o sono já não estava mais permitindo o nosso raciocínio, comecei a ficar agoniada, pois não queria terminar nossa conversa. Sem pensar, passei meu celular e pedi para que ela me adicionasse no WhatsApp. Ela disse que pensaria, porque tinha muito medo de conhecer alguém pela internet. Eu também tinha, mas decidi arriscar.
Apesar de estar muito cansada, quase não consegui dormir, ansiosa e na expectativa se ela iria ou não me chamar no WhatsApp. Perto das 11h, ela me chamou. Enfim, pude ver como ela era pela foto do perfil.
Nossas conversas renderam muitas madrugadas. Eu passava o dia com o celular na mão, escrevíamos textos gigantescos contando as histórias de nossas vidas. A rotina dela não era mais novidade para mim, nem a minha para ela. Eu esperava ansiosamente ela chegar do trabalho, sabia que era o momento em que eu poderia ganhar mais atenção.
Passado um mês de conversas assíduas, ela entrou de férias. Então o nosso papo se intensificou e o que era frenético se tornou surreal.
Conversávamos praticamente o dia inteiro, começando com um bom dia até o boa noite, já pela madrugada. Era impressionante. Os poucos dias que havíamos nos aproximado, pareciam uma eternidade, era como se eu a conhecesse de uma vida. Ela sabia tudo sobre mim e, em pouco tempo, se tornou minha melhor amiga.
Sabendo o quanto ela era tímida, sempre brincava, falava para não se apaixonar por mim. Mandava beijo na boca e ela nunca me correspondia. Sempre teve muito respeito, mesmo sabendo que meu casamento estava acabando.
Os dias passaram, até que um dia notei que ela estava bem ansiosa, estranha, parecia que eu podia sentir o humor dela. Aquele era um dia bem corrido para mim, então não pude dar muita atenção pra ela ao decorrer do dia. Quando caiu a noite a chamei para conversar. O papo estava fluindo normal como em todos os outros dias, porém eu ainda tinha a sensação de que ela estava diferente, não sei explicar ao certo.
E então, repentinamente, ela me faz a seguinte pergunta: Por que você não pode se apaixonar por mim? Entre os motivos falei dos meus filhos, do meu ex ainda morar na mesma casa que eu e minha idade – ela é cinco anos mais nova.
Nessa noite, após um pouco mais de um mês de conversa, ela se declarou. Foi um turbilhão de pensamentos e sentimentos. Não sabia o que dizer, muito menos o que fazer.
Os dias se passaram e, enfim, decidimos nos encontrar. Quando a vi foi muito louco. Fiquei sem saber como me comportar, sentindo frio na barriga. E então me senti boba, viva.
Nos encontramos por mais algumas vezes, mas somente como amigas, não tínhamos coragem para ir além, para nos beijar. Tínhamos vontade, falávamos isso pelo WhatsApp, mas pessoalmente não passava de um beijinho na bochecha.
O desejo de sentir o beijo dela foi crescendo, a curiosidade de saber como é ter uma mulher na cama também. Sentia vontade de sentir o cheiro dela, a respiração dela me deixava transtornada.
Eu a queria, mas não podia. Pedi ao meu ex marido arrumar uma casa para ele. Expliquei toda a situação, abri meu coração. E ele, pela minha sinceridade, foi extremamente compreensivo.
Finalmente eu era “livre” e então ela veio para minha casa e finalmente tudo aconteceu.
E ao mesmo tempo que tudo era maravilhoso, me dei conta de que ela era uma mulher, que eu tinha filhos e uma família extremamente religiosa. Eu também era religiosa. E aquele momento bom logo deu espaço para pensamentos amedrontadores.
Com o passar dos dias, foi difícil, desafiador. Decidi tomar a decisão mais sensata e sábia da minha vida: resolvi lutar pelo nosso amor.
Hoje moramos juntas, como uma família. Ela é um presente de Deus. Única, linda, forte, gentil, doce e decidida. Aprendo algo novo com ela todos os dias. Ela me faz rir sempre. É uma mãe perfeita para meus filhos. Como é lindo ver a troca de amor entre eles.
Ela me aproxima de Deus e me renova a cada sorriso largo. A Kah me faz querer ser melhor. Ao lado dela tenho vontade de viver, de lutar, de conquistar.
Minha mulher é a razão dos meus dias felizes. Quero envelhecer ao lado dela, fazendo coxinha e dando bastante dengo.
Eu passaria horas aqui descrevendo o quão maravilhosa ela é, o quanto ela é importante pra mim, para os meus filhos. Mas faltariam palavras no vocabulário para transparecer o quão grandiosa ela é como esposa, como mãe, como amiga.
Eu me permiti ser feliz e hoje vivo o amor que sempre quis. Minha família, meus filhos, meus amigos, pessoas próximas, todos sabem de mim e da Kah. Afinal, não há motivos para esconder um sentimento tão lindo quanto o amor.
Agradeço ao BlogSouBi por indiretamente ser responsável por minha história de amor.
Parabéns, é muito bom ver exemplos do que deu certo .
PARABÉNS! Muito bom!!!
Parabéns, isso hoje em dia é raro. Mas por que se assumir lésbica, só para viver um grande amor? Certamente, não foi o fato da outra ser mulher com que fez vc se apaixonar, era só o acaso. Vc se apaixonou pela pessoa dela, pela luz e essência da mesma, pelo o que deu a entender. Então, porque se rotular? Seja Feliz. Deus abençoe a ti e sua família.
E eu também moro com meu ex, virou meu amigo. Mas não tenho filhos, nem nada e no meu caso, eu não aceito os sentimentos. Tenho 25, acho que, a gente só amadurece as ideias, depois de alguns anos. enfim.
Concordo com vc, os rótulos não são positivos, se fosse assim a felicidade estaria com um, não acha?
O que importa é ser feliz, sendo verdadeira , como ela foi com seu ex marido .
Linda história
Que linda história, vivo algo parecido, sou completamente apaixonada por uma mulher a 9 anos, hoje já não sei qual sentimento dela por mim, pois o medo me fez renegar a mim mesma! Só espero que ela esteja/ seja muito feliz.
Meu coração dispara de felicidade ao ler histórias como esta! O BlogSouBi também foi o responsável por me abrir os olhos, bem como por me encorajar a ser quem sou. Chorei, me desesperei, perdi o rumo… Minha alma foi dilacerada. Mas, felizmente, pude encontrar respostas, apoio e, sobretudo, a alegria de viver. Sempre galgando rumo à liberdade… Os dias ganharam cores e a vida um novo sentido. Eu renasci. A Carol que, há 7 anos caiu aqui no blog de paraquedas, confusa e reprimida, hoje é uma mulher que permite viver de acordo com sua essência, valorizando cada conquista pessoal. Eu sei que, enquanto os dias amanhecerem, sempre haverá oportunidades para triunfar.
Carol, que lindo depoimento! <3 Fico extremamente feliz em saber disso. Quando quiser, fique à vontade para contar sua história também por e-mail, tá bom? Grande abraço! 🙂
Parabéns pela história! Gostaria de conversar contigo, compartilhar minha história. Sofro por questão religiosas, eu e ela. Se possível, entre em contato. Um abraço!
Linda história, como todas as histórias contadas aqui, queria eu, tempos atrás assumir minha opção, só que tive medo, preconceitos de viver o que sentia . E hoje aos 40 anos estou em um relacionamento hetero cheias de frustrações .
Guria liberte-se a vida passa o tempo voa
Estou “quase” na mesma situação que você e se quiser conversar, meu e-mail é [email protected]
oi Jack, também passo pela mesma situação, é complicado mesmo, se quiser conversar, ?meu e-mail é [email protected]. Abraços!
Que bom que existem famílias em que a homofobia não é tão enraizada.
Conheço o blog há uns 5 anos, muita coisa mudou desde a última vez que entrei aqui.
A garota amadureceu e felizmente conseguiu se encontrar.
São relatos assim que nos fazem mais felizes 🙂
Sempre disponível para trocar ideias.
O chat morreu? 🙁
Acredito que sim, infelizmente.
Sophia, Ontem estava funcionando bem. Entra na matéria acima e tem uma parte que fala do chat, aí vc consegue.
Linda história!
Tenho 30 anos, sou mãe e nunca me envolvi com mulheres. Em setembro de 2018 conheci uma mulher. Meu marido chamou amigos do trabalho para comemorar seu aniversário na época. Ela é15 anos mais velha que eu e algo me chamava atenção. O olhar dela e a forma de se expressar me instigavam. Desde o aniversário do meu marido ela e o esposo começaram a frequentar nossa casa. Percebi que ela me olhava diferente e sempre ficava próxima, mais eu nunca pensei em me envolver com outra mulher. Ela sempre arrumava um jeito de ficar perto e me tocar. Comecei a me afastar dela por que tinha medo e me achava estranha por começar a pensar muito. Eu me sentia estranha perto dela. Sentimentos de medo e de euforia. Ela me fazia arrepiar. Conversei com meu marido e paramos de convidar. Em abril de 2019 voltamos a nos ver. Meu esposo foi jogar bola com o amigo e nós duas ficamos em casa com nossos filhos. Fui fazer lanche e ela me perguntou se eu ficaria com uma mulher. Eu disse que nunca. Eu fiquei nervosa e queimei o dedo. Ela perguntou se aproximou de mim e perguntou por que eu estava nervosa. Mas antes de responder ela me beijou. Eu congelei mais retribui. Foi a melhor sensação do mundo. O cheiro dela era marcante e a pele do rosto macia. Mais eu a empurrei e perguntei se estava louca. Isso não deveria ter acontecido. Ela falou que não podia evitar. Ela disse que só sentiu aquilo por mim. O tempo foi passando e eu sempre evitei de estar em lugares que ela estivesse. Agora em 2020 com a quarentena, tenho pensado nessa mulher. Não sei o que faço. Tenho uma família. Tenho uma filha pequena. Tento tira ela da cabeça mais não tenho conseguido. Tenho medo. Tenho muito medo de fazer a coisa errada e gostar. Como pode eu me apaixonar por uma mulher se eu nunca gostei de nenhuma? Não é certo e acho que posso estar confundindo as coisas. Mais depois vejo que não, eu penso nela o dia todo. Como posso evitar isso?
Olá camila boa noite isso aconteceu comigo tb, me adiciona no skype ai falamos la.
[email protected]
Leticia Mello.
Oi obrigada.
Vcs pararam de se falar? Não tiveram mais nenhum contato?
Vcs pararam de se falar? Não tiveram mais nenhum contato?
Saudades desse blog maravilhoso. Me ajudou tanto, com os postos comentários, relatos, respostas. Muitas histórias iguais, muitas figuras trocadas. Eu mudei tanto tanto tanto. Felizmente me conheço mais.
Sei que não sou lésbica, isso me deixa feliz pq eu não me encaixe kkkk. SOU BISSEXUAL com toda certeza. Sigo casada com um homem e tenho uma filha já. Conheço o blog a muitos anos.
Feliz por vc Fé e pela Kah. Muito amor pra vcs.
Amanda, saudades de tudo aqui e de vc. Bjos gatona e muito obrigada, obrigada mesmo.
Suh, que felicidade ler esse comentário. Obrigada!! É esse tipo de coisa que me faz manter esse blog vivo. Um grande abraço!
Gente, todos os relatos e pensamentos são muito vivos nas nossas vidas. São exatamente iguais, independe de somos homens ou mulheres. A curiosidade instiga demais. Somos direcionados por uma sociedade que impõem os padrões e não somos felizes e realizados. O relato acima da Camila nos fã refletir que a vida é curta e deve ser vivida é experimentada. Camila se não gostar não importa , o que importa é tentar. Tbm nunca fiquei com outro homem. Tenho tremenda vontade se sentir. Fechar os olhos e deixar acontecer. Mas tbm tenho minhas amarras infelizmente. A maturidade nos faz pensar se madeira mais livre, mais por nós. Como muitos, preciso viver isso. Se alguém quiser falar mais eu ficarei muito feliz. Meu email [email protected]
Pedro, tudo começa com primeiro passo! Meu irmão “renunciou” a namorar homem, teve “fama” de mulherengo, até que chegou a mulher que hoje ele é casado, desde 1984, ano em que completei 18 anos e, outros irmãos penso que se impressionaram de eu já ser “desenvolvido” com aquela idade em termos de pelos e voz grossa! Presumo que nesse irmão que era noivo despertei um certo “encantamento”, porque quando fui morar sozinho com 38 anos (ele tinha 44), começou a me telefonar falando do dia de trabalho até que numa ocasião perguntou não tão direto se eu estava namorando, ai eu disse tive namorado na faculdade e que fazia o curso tardiamente como eu: fui “calouro” aos 27 e ele aos 35 anos. Ai que meu irmão pontuou que eu mesmo “tão cisgenero” mas se impressionava com minha bundinha tão “discreta” nádegas “magras” e suspirou, pedindo desculpa depois. Ai eu disse parece que o meu desenvolvimento foi notado por todos, mas já havia percebido a irritação dele de sentir como “atração” proibida pelo parentesco, mas haviam vizinhos bem atraentes que ele poderia namorar, até musculosos por trabalharem como servente de pedreiro, casar será que teria sido boa ideia e ele disse conversando contigo e, depois ser “marido” com ela. Não sei se incomodava a ela, eu fazer uma função da esposa de conversar, porque ele parou de me ligar e, nos aniversários em família pouco tempo depois, ela chegou a comentar dele não a procurar! Eu, em 2018, aos 52 anos, estava ainda “ativo”, namorando bissexual (“acolhendo” ele)!
Namorei, em 2018, colega de trabalho, casado e pai, que com a conclusão da minha carreira, no ano seguinte, como previsível permaneceu no casamento!
Eu sou homem e não consigo encontrar uma mulher por isso estou aqui para fazer amigos/as e descobrir coisas novas.
Aguado respostas. Meu email [email protected]
Olá…Gostaria de agradecer pelos comentários. Eu fiquei muito feliz em saber que muitas pessoas gostaram, e se identificaram com minha história!
Acho q vc tem um problema.. conheço ele muito bem! Passei por uma situação bem parecida e perdi a chance de ficar com uma mulher maravilhosa por ignorância, medo da opinião alheia… Ainda luto com meus sentimentos e desejos e também com o casamento hetero! Acho q dá pra gente montar um grupo aqui de mulheres casadas com homens e frustradas.. rsrs! Se quiser conversar mais, manda e-mail: [email protected]
Abraços!
Vou mandar um email pra você Rosi.
GRUPO SOMENTE PARA MULHERES BISEX ou que pelo menos gostem de falar de lesbo sem nêuras. Tem que gostar de interagir, trocar vídeos, pelo menos bater siririca. Quem quiser pelo menos conhecer sem preconceitos escrevam com o zap para: [email protected] e coloca NOME E SOU BI. Beijos e sigilo..e parabéns pelo tema abordado.
Olá gostaria de amizades com mulheres, já fui casada com homem, e namorei duas mulheres. Hoje estou solteira.
Sou de São Paulo.
Email: [email protected]
Ola, meninas!
Sou a Malu de SP Capital, passo por algo muito parecido.
Sempre soube que sou lésbica desde criança, mas por conta da minha aparência muito feminina e conviver num meio extremamente hétero (em todos os sentidos) nunca consegui ter contato com mulheres lés/bi.
Estou deixando aqui meu email caso alguem queira manter contato e fazer amizade: [email protected]
Essa história me fez pensar um pouco sobre minha situação. Sou casada há 11 anos e pastora evangélica. Quando adolescente, a primeira pessoa de quem gostei foi uma menina, mas por questões de família e religião não deixei nada acontecer. Depois, aos 18 anos, gostei de mais uma garota, mas também dei prosseguindo pelas mesmas questões. Ah, elas também gostavam de mim…
Depois esqueci tudo isso por anos, me envolvi mais com a igreja, conheci meu esposo (um homem maravilhoso) e casamos. Ele me faz feliz. Praticamente esqueci que gostava de mulher.
Mas há uns quatro anos esse desejo voltou. Foi um soco na minha barriga. De repente me vi desejando de novo ter um relacionamento com mulheres. Foi uma crise! Choro, desespero, dor… decidi contar pra minha mãe. Ela não aceitou. Falou que eu estava passando por uma crise…
Decidi contar pro meu esposo quem de fato eu era e o que estava acontecendo comigo. Eu respeito e amo meu esposo não podia mais guardar aquilo pra mim. Eu também acabei gostando de uma mulher. Contei tudo pra ele. Ele só perguntou o que eu queria fazer. Se eu queria me separar? Disse que não, que não sabia o que fazer… Ele disse que lutaria por mim e nosso casamento.
Enfim, já faz três anos que contei pra ele. Ele é maravilhoso e não quero feri-lo de forma alguma.
Espero pelo dia em que sentaremos e juntos vamos decidir seguir apenas em amizade. Mas quero e oro para que ele perceba isso. Enquanto isso, sigo fiel e pedindo a Deus forças.
A história me deu uma luz.
Obrigada. 🙏🏾
A igreja condena demais Ninhah, mas Deus nunca vai deixar de te amar. Se quiser conversar [email protected]
Olá Malu .
Não deve ser fácil encontrar pessoas que tenhamos liberdade para falar quem somos, mesmo num ambiente não tão heterossexual.
Você disse que passa por uma situação parecida , você gosta de alguém do mesmo sexo, estando namorando? Se sim , desejo que você se consiga se sair bem dessa situação e ser feliz.
Eu também sou bi, mas continuo no armário. Tenho muito medo de assumir que gosto de mulheres .Mas sempre gostei e sempre me reprimi,nunca me apaixonei por uma mulher só por homens, mas sempre me senti atraída e lutei contra isso a minha vida toda .Boa sorte e felicidadades para todas
Lili, boa noite!
Não é fácil assumir quem somos, mas já um passo muito grande sabermos quem somos.
Mas vamos em frente, porque toda forma de amar deve ser respeitada e vivenciada em sua plenitude.
Boa sorte e felicidade pra ti também!
Muito obrigada, Ana !!!
Desejo o mesmo para ti