29 de março de 2024

23 thoughts on “Se sua filha gosta de mulher, por favor não me culpe

  1. Uauuu que post!!! Aos 45 do 2º tempo uma publicação excelente! O que disse é verdade, o blog é uma espaço de dividir experiências, conversar, se abrir sem ter medo de julgamentos preconceituosos, ou piadinhas imbecis. Aqui eu compartilho coisas que deveria estar compartilhando com minha mãe, irmã, tias, pessoas próximas, que me conhecem. Mas infelizmente isso não é possível pelos motivos já conhecidos.
    Meu maior interesse aqui é conhecer a mim mesma integralmente , para aí sim compartilhar meu “segredinho” com a pessoa mais importante do mundo pra mim: Meu filho.
    Não é fácil pensar nessa conversa e não se desesperar imaginando a reação, mas existem algumas coisas que superam os preconceitos e os rótulos, e se chamam amor, carinho e respeito e principalmente liberdade de diálogo.
    Gostaria de aproveitar a oportunidade e agradecer de forma sincera a quem criou e mantém o Blog, quando entro e leio algumas experiências, é como uma sessão de terapia, em que posso falar, falar, falar e sei que não vou ser julgada ou tolhida…meus sinceros agradecimentos. E para a D. Suely, antes de repassar aos outros a “responsabilidade” pela “escolha” da sua filha, converse com ela, tenho certeza que se ela tivesse a oportunidade de escolher com quem se abrir…ela a escolheria, pois ninguém conhece mais um filho que uma mãe. Abraços a todos e que em 2015 tenhamos mais carinhos e menos puxões de orelha, mais respeito e menos julgamentos, mais conversas e menos sermões.!!!

    1. Yane, que lindas palavras! 🙂 Você complementou muito bem a ideia do post. Eu espero sinceramente que tudo isso tenha algum efeito em Suely e outras mães que deveriam dar apoio aos seus filhos e filhas.

      Fico feliz que o blog tenha lhe ajudado. Recebi alguns comentários por e-mail hoje cedo dizendo o mesmo. É maravilhoso ver que por aqui as pessoas podem compartilhar suas experiencias e inseguranças sem o medo da reprovação, do julgamento. Deveríamos ter isso em casa também, mas infelizmente nem todas as famílias estão preparadas para lidar com a situação. Existe realmente muito desconhecimento ainda sobre o tema e visões equivocadas.

      O preconceito ainda está, inclusive, dentro de nós, que temos de passar por um intenso processo de aceitação. Foi difícil chegar até onde cheguei justamente por conta de uma sociedade que ainda julga injustamente, que não sabe a gravidade desses julgamentos. Tudo isso é tão grave que vemos histórias como a do último post, em que uma mulher está casada com um homem há mais de 20 anos sem amá-lo de verdade. É infeliz apenas para tornar a família dela feliz. Qual família em sã consciência iria desejar isso aos seus filhos?

      Tenho esperança de que quando essas famílias perceberem o sofrimento que estão causando nos filhos, vão apenas apóia-los e dar amor. Essa é a mensagem mais importante.

  2. Meu pai foi tão compreensivo quando eu contei, na verdade ele disse que sempre soube! Minha mãe, pelo contrário, demorou algum tempo para digerir! Ela leu muito sobre sexualidade porque não conseguia entender, mas ela sempre me respeitou!
    Tenho amigos que infelizmente tiveram muitos problemas ao contarem para a família. Receberam rejeição e alguns se afastaram da família por não se sentirem respeitados.
    Algumas pessoas querem apenas encontrar culpados e não entendem que não existe culpa!

  3. Acho que como todas nós, fiquei muito impactada com a postura da dona Sueli. É difícil pensar que, em 2015, ainda vivemos nas trevas em termos de direito de cada um ser o que quer (ou é), desde que isso não lese o direito de outra pessoa. E a afirmação da identidade ou opção sexual é um dos aspectos mais prementes desse direito.
    A primeira reação é de muita indignação, não por essa mãe também ter direito às suas próprias ideias, mas indignação por ela achar que, por isso, pode rejeitar sua filha por esta não atender às expectativas e fantasias que a mãe tem.
    É claro que toda mãe ou pai, desde a gravidez, vai gestando uma porção de desejos, projeções sobre o bebê que vai nascer: vai ser a mais bonita, vai se vestir como eu, vai realizar aquilo que eu não pude realizar, mas, passados os primeiros meses, é impossível – para uma família minimamente equilibrada – não perceber que aquela criaturinha já manifesta suas vontades, suas contrariedades, seu modo “pessoal” de ser. E quando esse filho/a cresce, é natural que os pais desejem que ele/a seja feliz, que se realize como ser humano.
    Gostaria de convidar a dona Sueli a refletir: há algo mais importante para você do que a realização da sua filha? Não como um objeto do desejo da mãe, mas há algo mais importante do que ela poder dizer, com convicção e liberdade, “EU SOU …”, seja lá o que for? Que ela tenha esse direito?
    Muitas vezes o significado primitivo das palavras se perdem no tempo. “Empatia” significa “estar ao lado do sofrimento do outro, tentar se colocar no lugar do outro”. Também te convido a refletir, Sueli: você tem empatia por sua filha? Já tentou se colocar no lugar dela nesse momento, em que, mesmo que anonimamente, a vida íntima dela virou pública? Já imaginou como ela deve estar se sentindo exposta ou invadida com isso?
    Como sabiamente já foi dito neste post, nenhuma amizade é mais desejada por uma mulher do que a amizade de sua mãe. Quando isso não é possível, pode-se reparar essa falta de várias maneiras, mas é um buraco que não fecha. No mais íntimo do nosso ser, continuamos a desejar intensamente que nossa mãe fosse nossa amiga, porto seguro, que nos reconhecesse e admirasse por aquilo que somos.
    Penso, Sueli, que essa é a oportunidade de ouro para sua filha saber que, aconteça o que acontecer, a mãe dela é um porto inabalável, onde ela (filha) pode repousar. Não deixe essa oportunidade se perder.

  4. Yane, entendo o seu drama completamente. Tenho dois filhos. São bem pequenos…me separei e sempre olho pra eles pensando no dia em que vamos ter essa conversa definitiva. Mas por ora é tempo deles crescerem felizes e saudáveis. No tempo certo saberão. Meu trabalho é só preparar o caminho…
    Amanda, parabéns pela sua fineza. Você é um ser humano espetacular, uma alma generosa, uma filha muito bem criada, muito bem educada. Mas tem outras qualidades que são pessoais em você e que nasceram contigo, não foi fruto do ambiente em que você foi criada, e uma delas é exatamente perceber os conflitos humanos. Obvio que essa mãe está em conflito. E vc, usando dessa generosidade, percebe isso e a orienta!!! As vezes nós que somos pais e mães achamos que o que sabemos e queremos pra nossa vida é o certo e o que vai fazer nossos filhos felizes…Pura ilusão. Quando se trata de sexualidade então, a coisa é muito mais subjetiva. Não é pecado, não é sacanagem, não se trata de sexo…é uma identificação que vai fundo na alma, que nasce com você e que é tão forte que pode permanecer guardado por anos até se revelar. Isso não se explica, se sente. Por isso é tão dificil para uma mãe ou um pai entender. Por que é a condição em que alguém nasce. Como ser negro, asiático, branco. É uma condição humana que não se escolhe. Mas se o amor for mais forte que o preconceito, essa mãe mesmo sem entender vai perceber que podemos ser felizes independente das vontades dos nossos pais. Eu sou mãe também. Nunca vou desamparar meus filhos, sob qualquer condição. Nasceram de mim, são minha vida, meu sangue, minha forma de permanecer nesse mundo. Esse vínculo é maior, mais forte do que qualquer preconceito, do que o que penso ser certo, das minhas verdades…esse vínculo me move sempre na direção de amar e proteger os meus filhos. Isso inclui aceitar e respeitar as escolhas deles. Pra essa mãe só posso dizer participe, se inclua na vida da sua filha. Não se afaste. Converse com ela sobre isso ainda que você não concorde. Entre pro forum, converse com todos aqui. Verá que há mulheres de 13 e 50 anos com os mesmos dilemas. Todas discutindo sobre temas sérios, de uma forma muito madura. Isso aqui não é um palco, não é brincadeira, aqui é um espaço para todos discutirmos nossos conflitos, inclusive o seu. Abraços galera. Saudade de postar aqui.

    1. Erica, que palavras lindas!!! Fiquei emocionada! Os seus comentários sempre enriquecem o debate. É muito bom quando voce dá o seu ponto de vista. A sua história é linda e a forma como você tem lidado com muitas questões et um exemplo. Espero que tudo continue dando certo! 🙂

    2. Ótimo depoimento Érica, é bom saber que “angústias” pelos filhos não é só minha, achei que fosse um tipo de covardia ou medo absurdo, mas realmente é delicado, a intenção é criá-los com amor, respeito e liberdade de expressão, para que possam compreender a real situação, sem que se sintam envergonhados ou prejudicados nessa sociedade preconceituosa que vivemos. Bora fazer isso então! @braços!

  5. Querida Amanda, me chamo M… tenho 17 anos e estou gostando de uma mulher de 33 anos, porém não sei oque devo fazer tenho certeza que ela seja bi também mas o que pega é que trabalhamos juntas nos damos super bem e ela sempre diz que eu sou a razão da vida dela, sempre brincamos muito e conversamos ela da muita atenção a tudo que eu falo e penso mas ela é “minha superior” 🙁 não sei mais como lidar com isso ou como chamar ela para sair… Pois a nossa diferença de idade é grande obrigado desde já beijos!!!

  6. Aqui é onde temos a liberdade de expressar o que realmente somos, sem ser julgados com opiniões deprimentes de pessoas que acham que são donos da verdade. Encontramos pessoas que passam por situações similares.
    Esta mãe para se esconder e se camuflar atras de mentiras a respeito de sua filha, tenta encontrar culpados, para assim não enfrentar a realidade que por culturas patriarcais acham uma abominação seguir a orientação sexual que realmente lhe vai fazer feliz.
    E por assim sua filha busca resposta em outras locais para se sentir acolhida.
    Mas é um pouco compreensivo a reação de aflição desta mãe que talvez idealizou um conto de fada para sua filha ou ter uma família que é considerada como tradicional perante a sociedade e pega pela situação que sua filha sente atração por mulheres. Mas ela em vez de ajudar a encontrar possíveis resposta, acha mais fácil encontrar culpados para os sentimentos de sua filha, achando que alguém pode ser incentivador. Ninguém escolhe ser, é e ponto.
    Essa menina tem que ter o apoio de sua família, pois talvez estará passando por muitos conflitos internos. Precisa de apoio para assim ter mais força para enfrentar os preconceitos e julgamentos que virão, pelo simples fato que escolheu viver sua vida como realmente é sem farsa e decidiu ser feliz, não se importando com opiniões alheias, viver sem mentiras para ser aceitos perante a sociedade que insiste em dizer o que é certo e errado e o que é normal; forçando as pessoas a seguir padrões sociais.
    Mas se haver o apoio familiar é um grande triunfo para vencer todos os obstáculos.
    Pq passar por esta situação de conflitos internos sem apoio é complicado, não sabe que direção pedir ajuda e os conflitos aumenta a cada dia.

  7. Oi eu tenho 30 anos,e o meu caso é mais complicado,eu sempre tive duvidas sobre minha sexualidade,já fiquei com garota s e garotos,mas nunca me apaixonei de fato por uma mulher,depois de um tempo comecei a perceber que sou bi pq tbem sinto atração por homem,e quando vejo uma mulher eu olho diferente,já observo pernas,seio bunda,e acho bonito,mas tem vezes que não quero admitir por medo da família a única que sabe é minha irmã,hoje em dia não namoro optei pela vida religiosa sim estou num convento apesar de estar feliz sou inteiramente de Deus sou uma consagrada a ele a uns 9 anos,mas a vida me pregou uma peça algo que não queria que me acontece-se me apaixonei por uma mulher e ela e uma freira ,ela meio que sabe sobre meus sentimentos,mas não me corresponde ,mesmo assim sou apaixonada por ela a 3 anos tem vezes que percebo olhares diferentes dela para mim.tem vezes que ela foge se afasta não consigo decifrar seu olhar pra mim,o abraço dela as vezes e demorado e as vezes rápido,mas sempre trocamos olhares.E complicado eu sei que ela sabe o que sinto por ela ,mas não tenho coragem de dizer com todas as palavras que amo ela.E também as vezes surgem piadinhas na mesa sobre o assunto homossexuais e ela é a primeira a fazer piadinhas e olha pra mim e claro fico mais confusa.Sei que tenho que esquecer dela.

  8. Há exatamente 1ano e meio me assumi e minha familia não aceitou. Desde la não temos mais nenhum contato até. mudaram de endereço e telefone. Triste

  9. É…não é fácil MINEIRABH. Eu, depois que assumi minha bissexualidade, primeiro para mim mesmo, não tive coragem de assumi-la para as outras pessoas que fazem parte diretamente da minha vida (família, colegas de trabalho…). Só assumi, pra mim mesmo, como já falei antes, e virtualmente, vamos dizer assim. Pois depois que conheci o blog e comecei a trocar experiências com as pessoas que participam dele, pude fazer amizades sinceras, mesmo que à distância, e devido a isso, pude me assumir para essas pessoas, como a própria fundadora do blog, a Amanda, e uma pessoa que participa, com o qual fiz uma belíssima amizade e me correspondo com ela frequentemente por e-mail. Pelo menos minha amiga, consegui tirar um pouco do peso de minhas costas e da angústia de carregar esse segredo só comigo, sem ter ninguém com quem compartilhar. Mas não fique tão triste assim MINEIRABH, pois aqui você irá encontrar conforto e pessoas, que mesmo à distância, te acolherão e te darão não só o ombro, mas também o colo, quando você sentir necessidade de desabafar ou receber algum carinho, mesmo que seja através de um conselho ou uma troca de ideias. Coragem menina, as coisas não são fáceis não. Qualquer coisa, estamos aqui! A propósito, qual sua orientação sexual mesmo, pois não ficou muito clara?

  10. Olá, descobri esse blog há alguns minutos atrás apenas e gostaria de aproveitar para pedir um conselho, pois parece um lugar onde serei realmente ouvida. Tenho 17 anos, ao longo da minha vida tive apenas um namorado e dois ou três ficantes, mas nunca me senti realmente atraída por meninos. Durante um ano me relacionei com uma amiga de escola e tive minha primeira vez com ela, que hoje está fazendo universidade em Brasília portanto nao nos vemos mais. Atualmente eu comecei a sair com outra menina e acho que pela primeira vez posso dizer que estou realmente apaixonada, o que sinto por ela é muito forte, mas o problema é que meus pais nao sabem de nada disso e são extremamente homofóbicos. Nao tenho a mínima ideia de como contar para eles e morro de medo de suas reações. Já existem vários outros fatores que enfraquecem nossa convivência, como a carreira que eu quero seguir (arte) e o meu sonho de um dia fazer faculdade na Alemanha. Se alguém tiver algum conselho, eu realmente agradeço desde já.

  11. Eu tenho uma família muito preconceituosa.Ainda não tenho certeza sobre a minha sexualidade, suspeito que sou bi.E ao ver histórias cada vez mais absurdas, eu temo o momento em que falarei com minha família sobre isso.É tão triste uma forma de amor ser vista como errada.É tão triste ver que ainda falam “jeito de gay, jeito de lésbica”.Sexualidade não tem jeito, as pessoas tem personalidades.É tão triste ver que os seres humanos ainda sentem-se superiores uns aos outros, ou que tem direito de dizer que a forma de amor do outro é errada e ainda por cima dentro do próprio grupo LGBT.Uma vez vendo um debate político com minha irmã, onde Levy Fidelix agrediu verbalmente a comunidade LGBT e minha irmã concordar com aqueles argumentos da Idade Média, eu me senti péssima, senti como se tivesse nascido na família errada.Que tudo sobre o amor ser o mais importante, que me diziam, era mentira.Eu tenho medo de não ser aceita, eu amo a minha família, mas como fica se eles não me apoiarem?Eu preciso deles.

  12. ola pessoal tenho 30 nos fui casada por 7 anos com um homem sempre gostei de homens mas confesso que ja me senti atraida por mulheres, nunca tive oportunidade de relacionamento e sempre axei wue era ilusão e coisa da minha cabeça.. ate que depois de 30 anos em minha vida morando na europa aprendi o idioma e comecei a trabalhar. . conheci uma mulher lesbica e ficamos amigas com muito contato começamos a nos falar por whattsapp quase todos os dias durante 2 anos.. fazíamos brincadeiras indiretas mas n passava dai sempre me senti atraida por ela mas axava q era so amizade msmo e q era coisa da minha cabeça ate q entrou uma nova garota no trabalho atraente e ela comentou comigo q a nova garota era bonita e tals. . me despertou um ciumes q nem eu msma soube controlar. . bloqueei ela no whattsapp n queria mais contato de tanto ciumes mas como eramos amigas e ela sem saber de nada ficou triste e ate q veio falar comigo e eu abri o jogo mas ai veio o problema começamos s nos relacionar so q eu era casada.. e o q eu ia fazer nests situação. . comecei a entrar em crise no casamento vi q n amava meu marido e q estava disposta a viver essa relação. . mas.. eu to na europa sem família e sem ninguém msmo assim resolvi arriscar terminei o casamento de 7 anos sem filhos q por sinal ajudou muito. . to vivendo com ela e estamos muito feliz esse e meu primeiro relacionamento com mulher confesso q me passa muita coisa na cabeça pq e tudo rescente e novo para mim.. medo de tudo mas to arriscando pois isso e o q eu sinto … ate agora n entendo como tudo começou e de onde veio esse sentimento mas to disposta a ir em frente e ver no q vau dar to me reedescobrindo.!!

    1. O Bom da vida são essas descobertas faz a vida ser mais interessante e instigante o bom nisso é que vc demonstrou ter atitude acabou o casamento e arriscou viver essa relação! o importante é ser FELIZ!!!!

  13. Há um pouco mais de um ano decidi tentar tirar a dúvida da minha cabeça,se realmente gostava de mulher também,começei a ficar com uma menina,mas o colégio se envolveu e quis falar com meus pais,que não sabiam de nada,então contei para eles.Eles disseram que iam me apoiar,mas obviamente isso não ocorreu,pois insistiram que era só uma fase e mandaram eu me afastar da menina,eu disse que ia tentar,mas continuamos a ficar as escondidas,atualmente namoramos há quase 1 ano,mas ainda escondido,pois meus pais e familiares insistem em fazer comentários homofóbicos.O que me chateia mais é não conseguir compartilhar minha felicidade com eles,por medo de me afastarem da minha namorada.Para evitar mais comentários dentro de casa e o clima chato tenho que fingir que to me relacionando com homens.Não sei mais o que fazer!

  14. Eu também passei recentemente por uma experiência péssima com meus pais quando assumi minha bissexualidade…desde dos 13 anos fico com meninas e meninos, já namorei 7 anos e meio um homem, que eu amava perdidamente, mas que nunca aceitou o fato de que eu também gostava de garotas… Nos dois términos que tivemos nesse período me relacionei com garotas, mas sempre de forma superficial, sem uma entrega maior..Hoje solteira comecei a namorar uma garota, lésbica, pela qual me apaixonei e percebo hoje um desejo imensurável por mulheres, tanto quanto sinto por homens…são prazeres e trocas diferentes, mas me sinto absolutamente realizada em ambas as formas… às vezes ainda me sinto confusa, como se precisasse definir se fico definitivamente com homens ou com mulheres… mas gosto taaaaaanto, taaanto dos dois, de forma muito diferentes….outros toques, outras formas de sentir, outras sensibilidades, diferentes trocas. Mas pq escolher? Gostaria de conhecer mais pessoas que sentem como eu, que fogem de binarismo enclausurantes, que vêem além dos sexos genitais, que sentem e amam pessoas, em suas particularidades subjetivas e não universalidades duais….

  15. Esse negócio de se assumir é estranho. Desde q me conheço por gente sempre sentia atração por meninas, apesar disso namorava meninos e tbm gostava…de uma forma diferenté.
    Aos meus 16 anos me apaixonei por uma menina onde foi minha primeira relação com mulher…sabia q eu gostava daquilo enfim, mas n me assumia como lésbica…pq gosto dos meninos tb, n eh a msma atração….mas tb gosto. Poderia me assumir como bi, mas acho estranho. Por isso decidi q não quero me rotular…eu gosto de pessoas e pronto. Gosto d pessoa apaixonantes..rsrs minhá sexualidade eh mto confusa… mas ainda sonho c um mundo q n julgue a forma de amar das pessoas…um mundo sem rótulos, sem hipocrisia…e mais amor e respeito!

  16. Lembro do dia em que falei para os meus pais e minha mãe se desesperou, ao contrário do meu pai que falou que já havia notado algo “diferente”! Provavelmente ela também e só não queria admitir.

    Depois, em conversa com uma tia mais próxima, soube que a família toda, inclusive avós, já tinham notado. Ela disse, “Menina bonita e educada que não apresenta nenhum namorado é estranho”! rs

    E mesmo casada em um relacionamento de mais de 6 anos, minha mãe ainda fala aos outros, inclusive familiares, que eu moro só. Chega a ser triste, pq nesse momento é ela quem vive num mundo paralelo, onde todos sabem a verdade e ela simplesmente não aceita, não vê.

    Sei que ela sofre e acredito que não mais pela minha condição, mas pela incapacidade dela de me assumir para a família. Seria vergonha? Sensação de fracasso como mãe? Não sei…

    Sei que nesses anos tenho aprendido a não entrar em conflito à toa… respeitar o sofrimento alheio, inclusive aprofundando meus estudos na doutrina, onde a lei maior é o amor e qualquer sentimento ou expressão que não derive desse sentimento tão puro é falho.

    Amo meus pais e frequento a casa deles quase todos os fins de semana. Ainda me pego perguntando se um dia seria possível uma convivência mais próxima deles com a minha esposa, que sempre foi muito compreensiva nessa situação, mas se a ela couber essa provação, ela conseguirá! Percebo que nossas conversar tem ficado mais próximas, talvez por se dar conta de que eu não posso e nem consigo mudar. Talvez quando eu conseguir perdoá-la verdadeiramente por todo sofrimento que tenha me causado, ela consiga me perdoar por todo o sofrimento que eu causei ou causo a ela.

    Sei que é difícil entender uma situação dessas, quando sentimos que nossa condição não é uma escolha em vida e que não temos culpa, mas torno a dizer que qualquer sentimento que não derive do amor, como alguma mágoa que eu ainda posso sentir ou incompreensão, é falho!

    Após tantos anos, ela me agradece ao me abraçar… eu não entendo muito bem o porquê do agradecimento, mas imagino que seja por compreender os sentimentos dela e não escandalizar as coisas, envergonhando-a ainda mais – não exatamente por ter uma filha gay, mas por não saber lidar com o fato!

    Àquelas meninas adolescentes e até adultas, que leem Blogs como esse e se perguntam se um dia seu “tormento” terá fim, se seus pais aceitaram, se seus amigos… colegas de trabalho… enfim. Nada importa. Estar em paz consigo garante não fazer guerra com ninguém. Procure sua independência financeira e emocional para que consiga galgar seus passos, principalmente tentando não ferir ninguém.

    E à criadora desse Blog, meus parabéns, pois essa mãe em conflito precisava de uma mensagem de verdade e de paz!

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