28 de março de 2024

13 thoughts on “Uma mentira de nove anos

  1. Olha eu já ouvir histórias loucas mais como essa nunca!

    Vamos lá eu acredito sim que podemos amar uma pessoa durante anos sem tocar nela fisicamente.

    Acredito também que você seja completamente feliz com o seu marido mesmo tento essas outra história em sua vida.

    Eu acho que, o que fez você cria essa grande fantasia foi uma fuga da realidade que você estava vivendo é não estava sendo feliz, em algum momento você quis criar uma nova vida.
    E foi mais fácil para você que o personagem ao qual você fazia fosse homem assim não era você entende????

    Pra você dentro de você quem gosta de mulher e o Junior e não você!

    Eu acho que você é Bi sim, pq ninguém procura uma pessoa do mesmo sexo atoa pq tá na moda…existe uma pré disposição dentro de você que te fez tecla com ela na sala de bate papo.

    Mais o fato de você ser bi não quer dizer que um dia vá provar, tem milhões de pessoas bi que vão morrer sem provar as coisas boas da vida.

    Espero que você se resolva dentro de você.
    Você pode camufla isso dentro de você por resto da vida e até ser feliz, só que pra ser feliz você tem que se aceitar, mesmo que não viva a sua real realidade se aceite.

    Boa sorte.

    1. Verdade, Manu. Boas considerações. Acho que tem muita gente que nunca se relacionará com alguém do mesmo sexo e mesmo assim poderá ser feliz. O que pode gerar a infelicidade é ter algo mal resolvido, né. Querer muito e não fazer apenas por conta da sociedade. O bom é que a leitora aqui descrita encontrou um homem que ela realmente ama. Mesmo assim, quando não está com ele, ainda quer viver a “vida” do Junior. É bem complexo mesmo. Eu lembro que já pensei assim. Que eu nunca viveria um relacionamento com uma mulher e isso ficaria apenas na minha fantasia. Os meus relacionamentos com homens eram bons e quando estava com eles, também não sentia essa necessidade. Mas algo mudou, não sei dizer exatamente quando. E tudo o que era fantasia virou realidade. Mas não acho que com todo mundo pode acontecer dessa forma. Alguém já teve uma experiência parecida com a história desse post?

      1. O que é pior Amanda? Querer muito e não fazer por causa da sociedade, ou pq ninguém quer? Eu acho que a 2ª alternativa é a pior, pq na primeira muitas vezes a pessoa é correspondida, mas só por causa do que os outros vão pensar, não faz algo que ela sabe que poderá ser feliz. Agora, quando é algo q não depende SOMENTE da nossa vontade, uma pessoa que precisa querer se sentir conquistada por nós, e apesar de várias tentativas não dar certo, é muito angustiante, e nada podemos fazer.

  2. Penso que, talvez, seja um pouco dos dois. Ela mesmo disse que nunca se envolveu com uma mulher. Mas que queria novos ares, tirar dúvidas e que não é 100% hetero. Mas que tem forte resistência a isso e prefere assim, configurando uma negação. Verdade seja dita, talvez, ela ainda esteja se descobrindo. O que não à inibe de  se casar, querer ter filhos, constituir família e ver-se feliz. E também não a proíbe de cogitar a hipótese de nunca dizer não para um envolvimento homo. No fundo, sabemos que a felicidade é relativa e momentânea. O que é ótimo para mim hoje, pode não me satisfazer por completa amanhã. Cada qual com o seu momento, seja ele de descobertas rápidas ou gradativas!
    Penso que não fantasiamos à toa,não que estejamos insatisfeitas com nossas vidas, que não realizamos nossos sonhos. Mas nunca nos  sentiremos, totalmente, realizadas, é uma condição humana, assim como respirar. Só fantasiamos aquilo que queremos ter ou ser. Não, necessariamente, tudo ao pé da letra, visto que é uma realidade inventada. Mas podemos sim, chegar próximo disso.
    Acredito que o amor ultrapassa a barreira do tempo e que não precisamos do tato para senti-lo – piegas, eu sei. Mas, digo isso, por sentir na pele. Me apaixonei à primeira vista por uma professora, e nutri esse sentimento escondido durante nossa convivência de 2 anos, quando terminei o ensino médio. Hoje, depois de 4 anos, confesso que tive outros encantamentos… como algumas paqueras, ex-namorado e a mulher desconhecida. Bom .. enfim, mesmo com o tempo, mesmo não tê-la visto depois da última aula dada, mesmo não termos tido e muito menos falado nada, mesmo sem contato algum, eu ainda a vejo como na primeira vez. Sempre me pego pensando nela, no sorriso discreto, na forma de andar jogando os pés para lados opostos, de falar gesticulando, do nariz arrebitado e de ponta quadrada, da forma eufórica e um pouco exagerada quando via a turma interessada com o debate proposto… Incrível, como ela ainda me corroe por dentro, me apertando o peito, passeando proprietária dos meus pensamentos e me deixando vulnerável. O que não me enlouquece, é ter, quase que como certeza dita, o olhar dela nos meus e vice-versa. Hoje, sei que não foi ilusão e não fantasiei nossos olhares, apesar do seu profissionalismo. Sabe aquele ditado: os olhos são o espelho da alma… Nunca mais vi aquele olhar. O mais próximo que cheguei foi ao ver e rever o olhar daquela desconhecida, por isso minha atitude/reação com meu ex, que para os que leram, talvez tenha sido total descontrole. Na época, cogitei ir falar com ela sobre meus sentimentos, após a formatura.
    Mas como sempre fui covarde.Tomei seu profissionalismo, juntamente, com minha negação/ desentendimento/ inexperiência/timidez/ admiração e blá, blá, blá…e amarelei. Não fui nem a formatura.Rascunho sempre à respeito, mas nunca expus isso pra ninguém. Não estava preparada para admitir. Hoje é diferente, me sinto assim… inexperiente, porém entendida.
    Por isso, acredito em descobertas gradativas, amores sentidos sem tato, tempo finito e infinito e felicidades relativas e momentâneas…
    Acredito também em encontros de alma. Talvez, a mentira de nove anos seja um desses encontros. Mesmo que hoje, amanhã ou nesta vida não se consuma em amor. E talvez, também nem seja. Talvez, Andreia, tenha sido apenas o estopim para novas descobertas…
    ” Sempre pensei nela e no Júnior juntos. É como se eu quisesse estar na pele dele, sabe? Mas não consigo me imaginar com ela como casal.”
    E assim que começa… queremos por perto pelo coração… nos afastamos pela razão… nos enganamos em achar que vai tudo bem.
    Daí, vem o encontro, coração dispara, palavras ficam perdidas no ar e só o que desejamos é ter o olhar… O tempo passa, nos sentimos bem com nossas escolhas, mas ainda sim continua o desejo.
    Como a Amanda disse: ” O que pode gerar a infelicidade é ter algo mal resolvido, né.” Em outras palavras, minha vó sempre me dizia que onde há fumaça, há fogo!!! Portanto… Boa Sorte!!!

    1. Verdade, Tati. Muitas vezes tudo isso pode ser o estopim para novas descobertas. Ou talvez isso fique mesmo apenas na fantasia, porque ela já é feliz com alguém. Só o tempo dirá.

      1. Só pelo fato de ser fantasia, não quer dizer que não haja um sentimento verdadeiro. A diferença é a não realização, não concretização dessa relação, o que não anula que haja sentimentos genuínos, mesmo revertidos em outro nome, outro ser criado, inventado Eu mesma já me passei por outra pessoa (mulher fake) pra ter atenção de uma mina que não me dava bola, nem se dava o trabalho de ter amizade comigo pra me conhecer como eu realmente era, mas essa é uma longa historia que eu prefiro nem contar.

        1. É verdade, Dany. Você tocou num ponto importante. Pode existir sim um sentimento genuíno, ainda mais em um período de tempo tão grande. A minha dúvida é: como seria essa relação na vida real? Muitas vezes, pela Internet, nos idealizamos a pessoa. Até imaginamos o jeito de falar. Nós criamos, de fato, um personagem. Mas, indepentemente de tudo isso, também acredito que houve sentimento.

  3. Eu acho que quando nos apaixonamos acabamos criando uma pessoa especial que talvez só exista na nossa imaginação, no caso das paixões platônicas isso se intensifica e muito, criamos falas, situações mentais, que talvez nunca ocorram de fato, e isso não é muito normal, mas grande parte das pessoas já passou por isso, inclusive eu. Lendo esse depoimento, na minha opinião, havia algo de sentimento sim, mas acho que neste, como em muitos casos, o sentimento ou envolvimento não foi tão grande ao ponto de fazer arriscar planos e projetos e sair da zona de conforto. O conhecimento apenas da internet ou até mesmo de idealização sem conhecimento não dá segurança pra arriscar.

  4. Concordo. Realmente, quando nos apaixonamos idealizamos a pessoa em questão é também situações…
    E mais ainda, quando a conhecemos pela Internet. Aí é que viajamos legal…
    Entretanto, mesmo que pela internet, mesmo sendo o Júnior,  um personagem inventado, nem tudo pode ter sido mentira…  Também acredito que houve sentimentos… e de ambas as partes… E talvez ainda haja.
    Mesmo ela estando feliz com o seu marido e sua situação atual…
    E quer saber, indago a mesma coisa que a Amanda.
    __ Como seria esta relação na vida real?
    Afinal, só se viram por… um pouco mais de dois minutos!!!

  5. Queria muito minha história aqui só pra ver os comentários de vocês. Sim, rolou sentimento das duas partes. Mas o dela foi p Junior, não pra mim. Já o meu, tô percebendo que ainda existe. Mesmo casada, sinto algo por ela. Concordo que conhecer pela internet é diferente porque só conhecemos o lado bom da pessoa, porém foram 9 anos conhecendo esse lado dela. Sempre soube administrar bem o meu sentimento, porém na pele de Junior. Agora tudo mudou.

    Aproveito pra responder a pergunta de Bianca (que chegou por e-mail o aviso da publicação mas rolou algum probleminha nos comentários).
    Ela perguntou se eu não teria coragem de tentar algo a mais com ela. Minha resposta é não. Eu não daria o pontapé inicial. Mas se ela demonstrasse interesse, eu ficaria bem balançada. =/

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